O diretor Felipe Hirsch conta que ficou emocionado com o teste feito por Jesuíta Barbosa para definir o elenco. “Eu buscava um ator que, ao cantar, unisse também o trabalho de atuação. E Jesuíta me encantou.” Sobre o desafio, o ator conversou com o jornal O Estado de S. Paulo.
Como é sua relação com o teatro musical?
Sempre gostei desse assunto, via muitos espetáculos em Fortaleza. Até participei de uma montagem de Hairspray, mas em menor escala. Ali percebi que a música favorece uma animação cênica. E ainda tem a exigência da técnica, o que é bom para qualquer ator.
Como você se prepara?
Fiz aulas de canto, especialmente durante a gravação da série Onde Nascem os Fortes, em que meu personagem, Ramirinho, se transforma Shakira do Sertão e grava um videoclipe. Tive de estudar durante três meses para poder cantar.
E o que você espera do aspecto musical de Lazarus, com as canções de Bowie?
Bom, quem conhece o Felipe sabe que ele não trabalha com formato fechado – sempre traz uma dramaturgia original. O mesmo acontece com as diretoras musicais, a Maria (Beraldo) e a Mariá (Portugal): elas têm um trabalho arrojado, independente, experimental. É um conceito que combina bem com o trabalho de David Bowie, que não é nada engessado.
Aliás, como você analisa o trabalho dele nesse musical?
Bowie apresenta aqui uma sinceridade comovente, algo comum em sua vida – ele sempre foi sincero. No musical, ele parece se colocar como um extraterrestre para mostrar uma espécie de despertencimento, o que possibilita que ele tire os pés da Terra e se questione sobre passado e futuro. E também permite um embate com temas religiosos, especialmente os delicados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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