segunda-feira, 29 de abril de 2019

As principais ‘extinções em massa’ na Terra

Muitos cientistas estimam que a Terra está no início de uma nova “extinção em massa”, marcada pelo desaparecimento de espécies em um ritmo alarmante, principalmente devido à ação do homem.

Mas esta não seria a primeira: nos últimos 500 milhões de anos, o planeta experimentou cinco episódios em que pelo menos metade dos seres vivos foram erradicados em um piscar de olhos, sob a perspectiva da história geológica.

No total, mais de 90% dos organismos que um dia caminharam, nadaram, voaram ou rastejaram desapareceram.

Estas são as cinco extinções em massa registradas:

Extinção do Ordoviciano

Quando: há 445 milhões de anos

Desaparecimento das espécies: 60-70%

Causa provável: período glacial curto, mas intenso

Neste período, a vida se encontrava principalmente nos oceanos. Os especialistas estimam que uma rápida glaciação congelou a maior parte da água do planeta, provocando a queda do nível do mar. Os organismos marinhos como as esponjas e as algas foram os principais afetados, assim como os moluscos, cefalópodos primitivos e peixes sem mandíbula chamados ostracodermes.

Extinção do Devoniano

Quando: há entre 360 e 375 milhões de anos

Desaparecimento das espécies: até 75%

Causa provável: esgotamento do oxigênio nos oceanos

Os organismos marinhos voltaram a ser os mais afetados. A variação do nível dos oceanos, a mudança climática ou o impacto de um asteroide são considerados possíveis fatores responsáveis. Uma das teorias aponta que a proliferação de vegetais terrestres conduziu a uma anoxia (falta de oxigênio) nas águas de superfície. As trilobitas, artrópodes do fundo dos oceanos, foram as principais vítimas.

Extinção do Permiano

Quando: há 252 milhões de anos

Desaparecimento das espécies: 95%

Causas prováveis: impactos de asteroides, atividade vulcânica

Classificada como a “mãe de todas as extinções”, esta crise biológica devastou os oceanos e terras. É também a única em que praticamente todos os insetos desapareceram. Alguns cientistas estimam que isso ocorreu durante um período de milhões de anos, outros em apenas 200.000 anos.

As trilobitas que sobreviveram às duas primeiras extinções desapareceram completamente, assim como alguns tubarões e peixes com ossos. Na terra, os moschops, répteis herbívoros de vários metros de comprimento, também desapareceram.

Extinção do Triássico

Quando: há 200 milhões de anos

Desaparecimento das espécies: 70-80%

Causas prováveis: múltiplas, o debate continua aberto

A misteriosa extinção do Triássico eliminou muitas grandes espécies terrestres, a maioria delas arcossauros, ancestrais dos dinossauros e dos quais descendem os pássaros e crocodilos modernos. A maioria dos grandes anfíbios também desapareceu.

Uma teoria fala de erupções maciças de lava durante a fragmentação da Pangea, o último supercontinente, com erupções acompanhadas por enormes volumes de dióxido de carbono que causaram um aquecimento climático galopante. Outros cientistas apontam para asteroides, mas nenhuma cratera correspondente foi identificada até o momento.

Extinção do Cretáceo

Quando: há 66 milhões de anos

Desaparecimentos de espécies: 75%

Causa provável: impacto de um asteroide

A descoberta de uma imensa cratera onde hoje é a península mexicana de Yucatán corrobora a hipótese de que o impacto de um asteroide foi responsável pelo desaparecimento dos dinossauros não-aviários como o T-Rex e o triceratopes.

Mas a maioria dos mamíferos, tartarugas, crocodilos, sapos e pássaros sobreviveu, bem como a vida marinha.

Sem os dinossauros, os mamíferos proliferaram, levando ao nascimento do homo sapiens, uma espécie responsável por uma provável sexta extinção.

Fontes: National Geographic, Enciclopédia Britânica, estudos científicos.

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